Câmara Estadual de Citricultura se reúne para debater atualização da normativa sobre câncro cítrico


Câmara Estadual de Citricultura se reúne para debater atualização da normativa sobre câncro cítrico - MONTENEGRO

Sugestões de procedimentos para a aplicação das normativas de mitigação e erradicação do câncro cítrico (uma das mais graves doenças da citricultura brasileira) bem como a atualização deste documento, foram os temas debatidos no encontro realizado na manhã de ontem (29), na sede da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio do Rio Grande do Sul (SEAPA). O vice-prefeito Marcos Griebeler particou do encontro, que contou com a presença de representantes da Secretaria, da Associação Montenegrina de Fruticultores, da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO), EMATER, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Consórcio Intermunicipal para Produção de Mudas (CONMUDAS), Ecocitrus e Hortencitros. O deputado federal Afonso Hamm (PP/RS), que preside a Frente Parlamentar da Fruticultura Brasileira, também participou da reunião. Ele tem acompanhado de perto as tratativas no âmbito técnico.

Na oportunidade, os presentes destacaram que a legislação do câncro cítrico vem de longa data e é muito esperado o momento em que se possam fazer as devidas alterações. Além do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná também solicitam flexibilização nesta questão. Para o representante do MAPA, Jairo Carbonari “estão todos empenhados pela causa, mas há resistência quanto às alterações na lei”. Carbonari enfatiza que é preciso que a posição dos três Estados seja firme, mostrando a real situação da doença e suas peculiaridades. Ele sublinha também que todas as mudanças que estão sendo feitas na legislação do Estado estão respaldadas em trabalhos científicos.

Legislação

Por sua vez, o representante da SEAPA, Luiz Augusto Petry, fez questão de esclarecer que o fruto que recebe tratamento pós colheita não transmite a bactéria. Petry ressaltou a importância da contribuição científica que somada ao impacto e alcance social são fatores que devem ser levados em conta.

Conforme o deputado Afonso Hamm, que é engenheiro agrônomo e fruticultor, a legislação prevê inspeção de campo. Ele comenta que o órgão fiscalizador não pode deixar o produtor mais angustiado e sim dar a diretriz. “Vejo que o trabalho dos citricultores tem evoluído devido à atuação orientadora da Secretaria, do Ministério e dos técnicos. Nesse sentido, a legislação precisa de alguns ajustes adequando-se à realidade e a evolução das pesquisas científicas sem que com isso se prejudique o processo evolutivo”, sinaliza o parlamentar.

Na ocasião os presentes analisaram e aprovaram alguns critérios e procedimento para serem adotados pelas Unidades da Federação (UF) para caracterização, implantação, manutenção e reconhecimento do Sistema Integrado de Medidas Fitossanitárias para o manejo de Risco (SMR) para a praga do câncro cítrico. Durante o encontro, foi definido que haverá uma nova reunião no dia 6 de abril em Brasília, na qual a comissão gaúcha apresentará as sugestões extraídas na reunião desta segunda-feira. O tema voltará a debate no dia 20 de maio, durante a abertura da safra do citrus, em Montenegro.

Crédito foto: Vilmar da Rosa-ARFOC-RS