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A Câmara de Vereadores, através de Requerimento do vereador Marcelo Cardona (PP) reuniu na manhã de quarta-feira (9) os setores envolvidos com o serviço de limpeza das ruas. O objetivo foi discutir sua qualidade e os valores cobrados pela empresa contratada para executá-los. Representando a Prefeitura, o Secretário de Viação e Serviços Urbanos, Vaceli Flores de Oliveira, o Chefe de Gabinete, Altacir Martins e o responsável pela fiscalização dos serviços, Lucimar Machado da Silva. Pela empresa Conesul participou Ricardo Murádes.
Cardona justificou que o encontro serviria para apresentar as queixas da comunidade quanto à conservação das ruas, e também para poder se apropriar dos valores cobrados pela empreiteira. Como exemplo citou o custo de R$980,00 para a roçada da grama na rótula próxima ao Lar do Menor. “Olhando simplesmente sem a tabela, o entendimento é de que este valor é muito alto, porém, para que possamos fazer uma análise melhor é preciso conhecer todos os elementos do contrato”, argumentou.
Os vereadores questionaram sobre como é feito o trabalho de pintura dos meios-fios, a qualidade da varrição e da limpeza das rótulas que fazem parte do contrato. Outra preocupação foi quanto à fórmula de cobrança dos serviços. A Prefeitura paga atualmente, para a varrição manual de algumas ruas da cidade, numa extensão de 623 mil metros, em torno de 90 mil reais.
Ricardo Murádes disse que geralmente a empresa realiza além do previsto no contrato e acaba não recebendo por isso. Quanto ao cronograma, observa que é estabelecido pela Prefeitura. “Nós apenas realizamos serviços em algumas ruas, atendendo sempre a orientação da Secretaria de Viação e Serviços Urbanos”. Quanto a capina, Ricardo explicou que o pagamento é realizado por metragem linear, num total de 69 mil reais para uma área de 47 mil metros lineares.
Para exemplificar a preocupação, Cardona citou os custos de uma capina realizada em dez dias no bairro São João, para a qual a Prefeitura pagou em torno de 48 mil reais. Outra situação é o serviço de roçada no canteiro da Avenida Ernesto Popp, desde a rótula próxima ao quartel dos Bombeiros até a RST 470. O custo deste contrato, para a Prefeitura, é de 17 mil reais/mês.
O responsável pela empresa Conesul afirmou que os preços cobrados pelos serviços estão de acordo com os que são praticados no mercado, reforçando que os valores são bem inferiores, em comparação com outras cidades. Quanto ao custo da capina, Murádes revelou que o serviço não pode simplesmente ser realizado por um auxiliar de serviços gerais, precisa ter o acompanhamento de profissional especializado. Ele concordou que poderiam ter ocorrido alguns erros no sistema operacional, mas a situação será resolvida com a contratação de um supervisor.
Cardona deverá aguardar as novas planilhas dos custos prometidas pela empresa para, juntamente com as informações obtidas na reunião, possa chegar a uma conclusão mais próxima da realidade e caso haja alguma distorção nos valores, sugerir que a Prefeitura, dentro da legalidade, faça os devidos ajustes.