.jpg)
O dique erguido no Rio Caí por um produtor de arroz continua preocupando lideranças regionais. O caso, que está na Justiça, foi levado ao Secretário Estadual de Meio Ambiente, Berfran Rosado (PPS), durante audiência na última terça (15), na Secretaria Estadual do Meio Ambiente, em Porto Alegre. Os líderes deste movimento, o Vereador José Alfredo Schmitz (PPS), o Prefeito de Pareci Novo, Oregino Francisco (PDT) e o Químico João Luís Pires Boos manifestaram temor com o aumento no volume das enchentes na região, devido à obra.
O Vereador José Alfredo Schmitz, representante da Câmara no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Caí acredita que o muro colabore para aumentar o volume das enchentes em Montenegro. “Estou trabalhando neste caso desde 2007. O dique impede que a água passe entre os meandros do Rio”, argumenta Boos. Na mesma linha, o prefeito Oregino relatou que enchentes menores não atingiam o centro da cidade, mas a situação mudou.
Demonstrando preocupação, o Secretário Berfran determinou que um técnico da Fepam estudasse o processo. Porém, alertou que a questão é judicial. “Quem vai decidir se o dique vai ser desfeito ou se existirá alguma compensação ambiental será o juiz”, esclareceu.
Schmitz, Boos e Oregino fizeram uma sugestão de que, como compensação ambiental, o responsável pelo dique construa o Canal do Rio Caí, reduzindo o impacto das enchentes. Berfran explicou que são duas situações distintas: as cheias e a construção irregular do dique. Porém, dentro da legalidade tudo poderá ser viabilizado, inclusive o corte no Rio.