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Com feriado na terça, a semana morre, diz deputado criador de lei que antecipa as datas
Milton Monti acredita que proposta contribui para economia do país
Deputado federal em terceiro mandato, Milton Monti (PR-SP) é o autor do projeto de lei que antecipa feriados para segunda-feira. Ele diz que a proposta contribui para a economia do país. Em entrevista a Zero Hora, por telefone, na terça-feira, Monti assumiu que, se um feriado cai na terça-feira, ele às vezes não trabalha na segunda.
Abaixo, os principais trechos da conversa:
Zero Hora — Que melhorias o seu projeto pode representar?
Milton Monti — Além de ser bom para economia do país, o trabalhador pode desfrutar melhor do feriado. Quando o feriado cai numa quarta, pessoas que poderiam visitar parentes, por exemplo, não conseguem se programar. A produção industrial, o sistema financeiro, o comércio, todos os setores sofrem com a falta de continuidade. O ensino também fica truncado com uma interrupção no meio da semana. Muitas empresas e áreas do funcionalismo público emendam o feriadão quando um feriado cai na terça — são dois dias a menos produzindo. Com feriado na terça, a semana morre.
ZH — O senhor trabalha na segunda se um feriado cai na terça-feira? Ou faz feriadão?
Monti — Depende da circunstância e do feriado. Se puder, faço (feriadão). Às vezes viajo com a família, vou ver minha família no Interior, depende. Mas a maioria das pessoas não consegue fazer isso.
ZH — O senhor não teme que o projeto seja interpretado como incentivo à preguiça?
Monti — Não temo porque sei que está pior da forma como está. Mas não há como ser unanimidade, as coisas são assim mesmo. Algumas pessoas podem concordar, outras não. Não tem problema algum.
ZH — O projeto não especifica se os feriados municipais e estaduais terão de se adequar. Por quê?
Monti — A lei permite que os municípios e os Estados tenham autonomia sobre isso. Mas acredito que todos se adaptem, pela importância desta lei, que é federal e favorece todos os setores.
ZERO HORA