ALEMANHA APRESENTA FLIPERAMA MENTAL


Alemães desenvolvem fliperama controlado pela mente

Alemães alegam que tecnologia torna controle viável em velocidade recorde

Pesquisadores de uma universidade de Berlim apresentaram uma nova tecnologia que, segundo afirmam, permite comandar máquinas com a força do pensamento em uma velocidade recorde.

Para provar a eficiência do sistema, os especialistas demonstraram como uma pessoa pode jogar fliperama sem precisar mover as mãos.

Uma touca elástica, com pequenos eletrodos, capta as correntes cerebrais na superfície da cabeça e transmite os comandos do jogador ao brinquedo.

"Por meio da touca de eletroencefalograma, medimos campos magnéticos gerados pelo pensamento com dois sinais diferentes, um referente à imaginação do movimento da mão esquerda e outro do movimento da mão direita, sem que a pessoa precise mover os membros", afirmou o diretor do projeto, Klaus-Robert Müller, professor na Universidade Técnica de Berlim (TU).

O projeto foi desenvolvido pela TU em cooperação com neurologistas do Hospital Universitário Charité e pesquisadores de informática do Fraunhofer Institut.

Touca com eletrodos capta correntes cerebrais na superfície da cabeça

Estudos sobre o comando de máquinas diretamente pelo cérebro humano, dentro da disciplina chamada brain-computer interface (BCI), já existem há alguns anos.

Em uma das últimas experiências a chamar a atenção da mídia, pesquisadores japoneses apresentaram em março passado um robô que se move, obedecendo pensamentos, captados por um capacete que interpreta ondas cerebrais do usuário.

Os especialistas alemães afirmam que o experimento de Berlim é inédito porque possibilita uma resposta quase imediata da máquina ao pensamento humano.

"Podemos classificar (o experimento) como um grande avanço, pois temos o sistema mais rápido do mundo neste momento", disse Müller. "Com a demonstração, comprovamos a rapidez com que é possível se transmitir uma informação."

Segundo os cientistas, essa tecnologia poderá, um dia, facilitar a vida de tetraplégicos, pacientes com distrofia muscular ou vítimas de derrame cerebral.

"O importante é que poderemos proporcionar a pacientes dependentes de acompanhamento ininterrupto mais um passo para a conquista da independência e de uma privacidade que eles não têm", diz o especialista BCI, Michael Tangermann, membro da equipe da TU responsável pelo projeto.
FONTE: BBC Brasil.com

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