Estação da Cultura



Inaugurada a segunda etapa da Estação da Cultura

Cinco anos depois de ser destruído por um incêndio, na manhã de ontem, sexta-feira, dia 27, foi inaugurada a restauração do antigo prédio dos Correios e Telégrafos da velha Estação Férrea. Foi um presente para o centenário da estação ferroviária. Inaugurada em 1909, ela foi ponto de referência das mais importantes rotas comerciais do Estado no início do século.

Após ficar desativada e abandonada por muitos anos, graças ao empenho das senhoras da Entidade de Filantropia, Cultura e Arte - Efica, iniciou o projeto de restauração dos prédios que estavam em ruínas. "É um sonho realizado", destacou a presidente da Efica, Beatriz Steffen, lembrando que está sendo cumprido o lema da entidade: "Cultura e arte à serviço da vida".

O gerente de relações institucionais da Braskem, engenheiro João Ruy Dornelles Freire, lembrou o início dos contatos, através da aproximação com o então colega de Copesul, hoje deputado Paulo Azeredo, que agendou uma reunião com a Efica e Movimento do Patrimônio Histórico. A partir daí iniciaram os estudos. Em 2006 foi inaugurada a primeira etapa da Estação da Cultura, com a restauração do prédio principal, num investimento de cerca de um milhão e meio de reais pela Copesul. E agora se concluiu a segunda etapa, com mais R$ 929 mil da Braskem e Prefeitura, através da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) do Governo do Estado, para a restauração do antigo prédio dos telégrafos. "Somente quem valoriza seu passado pode construir um futuro melhor", ressalta o prefeito Percival de Oliveira, lembrando a importância histórica da estação férrea. "Restaurar um bem de grande valor cultural é preservar a memória do povo gaúcho", destacou a secretária estadual da cultura Mônica Leal, presente na solenidade da manhã de ontem, que foi realizada debaixo de uma chuva fina.

O prédio dos antigos telégrafos, agora restaurado, será aproveitado para ateliers, reuniões, oficinas, cursos, exposições, Departamento de Cultura e área administrativa. Para uma próxima etapa, a Efica busca a recuperação do antigo prédio da casa de máquinas, que está em ruínas, e a cobertura do espaço onde foi desmanchado o velho restaurante de madeira.

Fonte: guilherme.baptista@fatonovo.com