BANCO COMUNITÁRIO DE SÃO LEOPOLDO


Zona Oeste de São Leopoldo se une para criar banco comunitário
Instituição terá juros inferiores aos de mercado para desenvolver região

Uma das regiões mais pobres e violentas de São Leopoldo contará, a partir de abril, com um banco comunitário.

Moradores do município trabalham para inaugurar a instituição provisoriamente chamada de Banco Comunitário da Zona Oeste. A iniciativa, em preparação desde agosto do ano passado, começou a tomar forma este ano.

Com taxas de juros inferiores às do sistema bancário formal, linhas de crédito para produção e consumo e com uma moeda local, a intenção é de que o estabelecimento impulsione as áreas abrangidas – bairros Vicentina e São Miguel e vilas Paim, Maria e São João Batista.

Quando sair do papel, o Banco Comunitário da Zona Oeste deve ser o primeiro desse tipo no Rio Grande do Sul na Rede Brasileira de Bancos Comunitários. O sistema, explica uma das articuladoras, Sandra Magalhães, funciona como uma espécie de selo para bancos comunitários – formada hoje por 40 instituições no país.

– Eles são de propriedade da comunidade, financiam produção e consumo, têm a gestão feita por uma organização comunitária e têm por objetivo criar um circuito local de desenvolvimento – descreve Sandra.

Em São Leopoldo, o banco seguirá esses moldes, conforme o coordenador técnico do projeto, Eduardo Vivian da Cunha. A iniciativa teve origem na Associação Amigos em Ação. É em uma sala da sede da entidade que o banco funcionará.

– Aqui não há restrições quanto a emprestar para alguém que tenha o nome sujo no sistema formal. O controle é social, e as referências são colhidas com vizinhos e moradores do bairro – exemplifica.
FONTE: zerohora.com.br