AUMENTO DAS COMPRAS ON LINE


Consumidor gastou, em média, R$ 328 em compras on-line em 2008

O ano de 2008 foi agitado para o comércio virtual. Para se ter uma ideia, o tíquete médio do consumidor aumentou cerca de 8,61% no ano que se encerrou, frente a 2007, passando de R$ 302 para R$ 328.

Os dados, que fazem parte do levantamento feito pela e-bit, revelam ainda que, dentre todos os períodos do ano, o mais lucrativo de 2008 foi novamente o Natal, que registrou vendas de R$ 1,25 bilhão, com tíquete médio de R$ 346.

Um dos maiores fatores para o crescimento de 2008, segundo o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti, é a entrada de grandes redes varejistas que, com elas, trouxeram novos públicos para o comércio eletrônico, por conta da fidelidade de alguns consumidores.

Crise observada de longe
A e-bit ainda divulgou uma prévia do faturamento nominal do ano, que ficou no patamar de R$ 8,2 bilhões, valor 30% superior do registrado em 2007.

Esses números tornam-se ainda mais relevantes considerando que, no ano que passou, uma crise financeira esteve iminente na economia brasileira. Porém, no e-commerce, os efeitos não chegaram a trazer forte queda no balanço.

Para Guasti, o consecutivo crescimento anual do setor deve-se ao comportamento do consumidor virtual, que está cada vez mais atento às possibilidades do canal web.

"É um meio que oferece múltiplos tipos de informação para os usuários, que acabam se sentindo mais seguros. Esse é um comportamento que vem mostrando evolução ano a ano, pois muitos já tiveram uma experiência de compra pela internet", ressaltou.

Confiança e profissionalização
Ainda segundo Guasti, uma importante aliada da elevação dos números é o aumento da confiança do consumidor em relação à internet.

"A confiança do consumidor nas transações on-line demonstra que o segmento tem cada vez mais credibilidade junto ao público. Esse ano, por causa da crise, esse processo tornou-se ainda mais explícito", explicou.

Outro aspecto que favorece a evolução do setor é a gradativa profissionalização das lojas. "As lojas estão agindo de forma mais profissional e planejada, tanto no quesito de estoques de produtos e prazos de entregas, quanto na governança de maneira geral", analisa o diretor da e-bit.

Perspectiva para 2009
E, se 2008 foi bom, a perspectiva para 2009, apesar da crise, também será positiva. Mesmo com uma previsão menor, se comparada aos anos anteriores, o comércio pela internet deve alcançar a marca inédita de 2 dígitos de bilhão de faturamento, crescendo nominalmente entre 20% e 25%, frente a 2008, alcançando pelo menos R$ 10 bilhões.
Fonte: Infomoney.com.br