RECEITA E DESPESA


Despesas permanentes são as que mais pesam no bolso dos consumidores
O bolso do brasileiro está, na média, mais ocupado com as chamadas despesas permanentes, dentre as quais figuram gastos com habitação, serviços públicos, alimentação e bebidas dentro do lar e transportes, segundo pesquisa realizada pelo instituto Latin Panel e apresentada em encontro da Abre (Associação Brasileira de Embalagens).

A pesquisa, que envolveu sete grandes regiões abrangendo 26 estados, apontou que, em 1987, 48% da renda da população brasileira estava ocupada com as despesas permanentes. Essa parcela saltou para 51% em 1995 e para 56% em 2007.

Se consideradas as faixas de renda, a classe E é a que mais compromete seu orçamento com os gastos permanentes, chegando a 67% do total da renda. A pesquisa mostra que quanto maior a renda, menor é a parte dela destinada às despesas perenes. Logo após a classe E, no ranking, vem a D, com 59%; a C2 (58%); C1 (55%); B2 (54%) e AB1 (52%).

Tomando os consumidores como um todo, dentre as despesas permanentes, a que mais compromete o orçamento é a com alimentação. Em 2004, os gastos com alimentos correspondiam a 16% do orçamento, sendo que essa quantidade, em 2007, passou a ser de 19%.

Variedade de marcas e produtos
O estudo do Latin Panel também mostra que, quanto aos produtos, o consumidor progressivamente tem tido acesso a uma maior quantidade de categorias de produtos e de marcas. Nos últimos anos, 58% das marcas líderes de mercado perderam a exclusividade do consumo de seus produtos.

Não há apenas maior quantidade de produtos, como também há maior passagem do consumidor entre as diferentes categorias para uma mesma classe de produto. Um dos exemplos da pesquisa é o setor de bebidas. Do total de consumidores de refrigerantes, 90% também consomem sucos em pó e 50% compram sucos prontos.

Preferência pelo sortimento
Diante dessa quantidade de opções, o consumidor atualmente acaba decidindo quais serão seus canais de compra segundo critérios de preço e custo benefício ofertados, mas também pelo sortimento do ponto de venda e de sua localização.

A pesquisa aponta que o consumidor vai mais vezes ao supermercado, gasta menos e faz mais compras de reposição, modelo de consumo que cresceu de 18% para 25%.

Fonte: Infomoney