Endividamento do brasileiro no cheque especial bate recorde
Num só mês, bancos emprestaram quase R$ 21 bilhões na modalidade de crédito mais cara do país: taxa de juros média está em 160% ao ano e deve subir ainda mais.
O cheque especial é a modalidade de crédito mais cara do mercado, mas bateu o recorde de uso pelos brasileiros em julho. Somados todos os que entraram no especial no mês, os bancos emprestaram R$ 20,7 bilhões, valor 4,5% superior ao que foi tomado em junho e 12,3% maior do que em julho de 2007. Os números são do Banco Central.
Os juros do especial estão em 160% ao ano. Isso significa que um estouro de R$ 1 mil no limite da conta bancária que tem cheque especial vai custar ao cliente, um ano depois, R$ 2,6 mil.
O motivo do recorde está associado à facilidade com que se obtém o crédito do cheque especial. Não é preciso cadastro nem um telefonema para o gerente do banco. Basta passar o cartão magnético no caixa eletrônico ou emitir um cheque, que o banco cuida de tudo. Depois, cobra a fatura.
Há ainda a questão conjuntural. A facilidade de comprar a prazo que se experimentou nos últimos anos agora cobra o preço: é preciso recorrer ao especial para pagar tantas prestações.
O cartão de crédito tem taxas em torno de 100% e também cresceu. Em julho, os brasileiros pagaram R$ 10,7 bilhões às operadoras, 6% mais que em junho e 33% acima de julho do ano passado.l
Analistas esperam aumento nos juros
A perspectiva para os juros ao consumidor são ruins no que depender do Banco Central. A reunião do Copom, que se encerra amanhã, deve trazer nova alta para a taxa Selic, base para o cálculo dos juros no Brasil. O mercado aposta na elevação dos atuais 13% ao ano para 13,5% ou 13,75%. Nem a queda recente da inflação deve sensibilizar o BC, que não quer correr o risco de ver os preços dispararem.
Fonte: Destak
Num só mês, bancos emprestaram quase R$ 21 bilhões na modalidade de crédito mais cara do país: taxa de juros média está em 160% ao ano e deve subir ainda mais.
O cheque especial é a modalidade de crédito mais cara do mercado, mas bateu o recorde de uso pelos brasileiros em julho. Somados todos os que entraram no especial no mês, os bancos emprestaram R$ 20,7 bilhões, valor 4,5% superior ao que foi tomado em junho e 12,3% maior do que em julho de 2007. Os números são do Banco Central.
Os juros do especial estão em 160% ao ano. Isso significa que um estouro de R$ 1 mil no limite da conta bancária que tem cheque especial vai custar ao cliente, um ano depois, R$ 2,6 mil.
O motivo do recorde está associado à facilidade com que se obtém o crédito do cheque especial. Não é preciso cadastro nem um telefonema para o gerente do banco. Basta passar o cartão magnético no caixa eletrônico ou emitir um cheque, que o banco cuida de tudo. Depois, cobra a fatura.
Há ainda a questão conjuntural. A facilidade de comprar a prazo que se experimentou nos últimos anos agora cobra o preço: é preciso recorrer ao especial para pagar tantas prestações.
O cartão de crédito tem taxas em torno de 100% e também cresceu. Em julho, os brasileiros pagaram R$ 10,7 bilhões às operadoras, 6% mais que em junho e 33% acima de julho do ano passado.l
Analistas esperam aumento nos juros
A perspectiva para os juros ao consumidor são ruins no que depender do Banco Central. A reunião do Copom, que se encerra amanhã, deve trazer nova alta para a taxa Selic, base para o cálculo dos juros no Brasil. O mercado aposta na elevação dos atuais 13% ao ano para 13,5% ou 13,75%. Nem a queda recente da inflação deve sensibilizar o BC, que não quer correr o risco de ver os preços dispararem.
Fonte: Destak
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