PET

Indústria de reciclagem cresce no país e atrai compradores alternativos

Ao comprar um item onde na etiqueta estiver escrito poliéster, é possível que o consumidor esteja levando para casa um produto fabricado a partir de garrafa pet.

Descartada no lixo após o consumo, a fibra de pet está mais presente no cotidiano doméstico do que se pode imaginar. Após a reciclagem, o produto serve de matéria-prima para confecção de cerdas de vassoura, tapetes de carro, camisetas e até cobertores. Medidas que não agridam o ambiente estão cada vez mais na pauta das corporações. Além da boa aceitação entre os consumidores e de ainda servir de ferramenta de conscientização da população, na maioria dos casos o uso dessas tecnologias representa economia.

Chamada de flake de pet, o material é utilizado há 12 anos nas vassouras da Bettanin, com sede em Esteio. Uma das pioneiras nesse tipo de processo, a empresa encontrou no pet o substituto perfeito do polipropileno, porém, mais barato.

- Conseguimos reduzir os custos entre 20% e 30% e ainda aumentar a qualidade - afirma Dante Alberto, diretor técnico da Bettanin.

Para utilizar o pet como base das cerdas das vassouras - 100% produzidas com essa matéria-prima - , a indústria teve de construir a sua própria usina de reciclagem. Há três anos, no entanto, com a proliferação de fornecedores com a qualidade desejada, a planta foi desativada.

Na última semana, chegou às gôndolas dos supermercados Nacional, Big e Maxxi Atacado outro item feito totalmente a partir de garrafa pet. A linha de cobertores das marcas Select Edition e Simple Basic estará exposta em meio a garrafas para chamar a atenção do consumidor, detalha Rita Oliveira Aguiar, gerente de produtos sustentáveis do Wal-Mart Brasil.

Hermes Contesini, porta-voz da Associação Brasileira da Indústria do Pet, diz que é a reciclagem de fibra cresce cerca de 20% ao ano no Brasil.

DIONARA MELO
Fonte: zerohora.com