CONTROLE FINANCEIRO

Site gratuito auxilia controle financeiro para quem gasta mais do que ganha
A partir de uma demanda pessoal, o profissional do ramo de informática Marcel Figueiredo criou um site para administração de suas finanças. Mas, dois meses depois de abri-lo para o público de forma gratuita, o gBolso (www.gbolso.com.br) já tem mais de 8 mil cadastros.

O site é uma ferramenta para ajudar as pessoas a controlar a evolução do patrimônio, dos investimentos, das dívidas e ver melhor por onde escoam as despesas, conta Figueiredo. "É uma iniciativa de quem precisava, mas não encontrou nada parecido disponível." Ele diz que programas e sites hoje sobre finanças pessoais são mais complexos e menos acessíveis à população em geral. Os interessados normalmente não têm controle de seus gastos e receitas, muito menos dos termos técnicos, diz.

Além de ter uma visão geral do orçamento, o usuário poderá comparar suas informações com grupos de pessoas que têm algo em comum. Será possível comparar, por exemplo, como andam as finanças de outros profissionais do mesmo ramo para saber se está poupando mais, se endividando mais ou com salário melhor do que os seus pares, diz.

Além de ser grátis, o site, não tem pretensões de receita, ou seja, não iremos cobrar mensalidades dos usuários diz Figueiredo.

Dos clientes já cadastrados no gBolso, há aqueles com renda mensal de R$ 600 para até mais de R$ 10 mil, diz.

O economista Guilherme Monteiro, por exemplo, já fazia suas planilhas sobre gastos e receitas mensais para controlar as finanças. Há um mês, ele aderiu ao gBolso e tem colocado no site todos os dados sobre sua vida financeira. "É mais fácil do que eu separar tudo em uma planilha própria", diz ele.

Um diferencial do site é que ele avisa com antecedência, compromissos para pagamento via e-mail ou celular. "Isso evita que as pessoas esqueçam de pagar as contas, não por que não tenham dinheiro mas por que simplesmente esqueçem", diz.
"Também há planos para que muito em breve você possa baixar sua planilha no celular. Assim, em uma viagem por exemplo, ao invés de ocorrer como hoje, onde você perde o controle das suas contas, neste caso você não vai perder o controle das suas finanças, bastando ter a mão apenas um celular". diz Figueiredo.

Um outro grande diferencial do site é que ele possui uma área de consultoria terceirizada. O usuário pode enviar questões sobre dívidas, por exemplo, diretamente para especialistas da área jurídica, que irão orientar os usuários do site a como proceder no seu caso para sanar suas dívidas, usando a lei a seu favor.

Também o mesmo ocorre sobre investimentos. Existem colaboradores de grandes empresas do ramo que disponibilizaram consultores para dar dica sobre mercado financeiro para os usuários do site, também de maneira gratuita.

O gBolso firmou parcerias com grandes empresas do ramo de informática.

A Mandic Internet, que é de propriedade de Aleksandar Mandic, um visionário no ramo da internet que foi um dos fundadores do iG, que virou sinônimo de internet no Brasil, está apostando nesta idéia. O site está em processo para ser hospedado na Mandic e utilizará a infra-estrutura da Mandic.

A empresa inter.net (www.br.inter.net), presente em todas as capitais do Brasil bem como com atuação em 13 países é parceira do gBolso. "A parceria foi fechada com o site GBOLSO, já que o site oferece algo novo no mercado e nós queremos incentivar esse tipo de ação, e claro vamos apoiar e divulgar o mesmo com intuito de promover ambas as partes." diz Eduardo Sani, da equipe de marketing e parcerias da inter.net.

O gBolso ainda tem limitações. Não há subdivisão para diferentes modelos de investimentos, por exemplo. A idéia é atender primeiro aquelas pessoas que não têm nenhum controle das finanças pessoais mesmo para, depois, evoluir para sistemas mais complexos, comenta Figueiredo. O gBolso também se desenvolve a partir de opiniões de visitantes. "Todos os relatórios que criamos foram sugeridos por usuários e haverão mais".

Figueiredo assegura que os dados incluídos no site têm segurança contra vazamento similar aos sistemas utilizados pelos bancos. "Além disso, não é necessário informar nome verdadeiro ou endereço", diz ele.

Fonte: www.endividado.com.br