Oi & Brasil Telecom

Oi fecha acordo para a compra da Brasil Telecom
Foi fechado nesta quinta-feira o acordo de compra da Brasil Telecom pela Oi (ex-Telemar), em um negócio que gira em torno de R$ 8 bilhões, informa reportagem de Guilherme Barros, colunista da Folha, publicada (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal) nesta sexta-feira.

Todas as pendências envolvendo os sócios Citigroup e Opportunity, do empresário Daniel Dantas, que eram o último empecilho na BrT, foram resolvidas. O negócio ainda depende de mudança na legislação do setor e de aprovação pelos órgãos reguladores.

O governo federal, que foi o principal inspirador do negócio, foi informado na noite de ontem. A assinatura de um acordo prévio foi feita na sede da Andrade Gutierrez, em Botafogo, no Rio de Janeiro, onde estava montada uma espécie de `quartel general` com as partes envolvidas. Nos últimos dias, os negociadores viraram noites para o acordo ser fechado.

Segundo informou o grupo Oi (ex-Telemar) no mês passado, a compra do controle acionário da Brasil Telecom Participações --controladora da companhia telefônica Brasil Telecom-- poderia custar entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5,2 bilhões.

Com a finalização da compra, o mercado de telefonia no país terá uma nova configuração. A nova Oi pode ter 29,6% do faturamento total das operadoras de telefonia fixa, celulares, banda larga e TV por assinatura, contra 29,9% da Telefônica/Vivo, 20,1% da Claro/ Embratel e 12,1% da TIM.

Mudanças

O presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Ronaldo Sardenberg, disse nesta quinta-feira que a agência deverá editar dois documentos com propostas de mudanças na legislação do setor. Além de modificações no PGO (Plano Geral de Outorgas) --decreto que proíbe a compra de uma empresa de telefonia fixa por outra de área diferente-- será editado um documento analisando a necessidade de modificações em outras questões.

Em fevereiro, o Ministério das Comunicações enviou carta à Anatel pedindo que a agência analisasse a alteração do PGO, necessária para permitir a compra da Brasil Telecom pela Oi. No mesmo documento, o ministério pedia também que a Anatel estudasse a necessidade de outras mudanças para o setor.

Na semana passada, Sardenberg havia prometido para esta semana a votação da minuta sobre o PGO, que iria então a consulta pública por até 30 dias. Ontem, porém, ele recuou e disse que a análise será feita `nas próximas semanas` e que ainda não foi concluída por `impossibilidade prática`. Segundo o presidente, os dois documentos deverão ser analisados ao mesmo tempo.

Fonte: Folha Online