Amor e Ódio na INTERNET

Este foi o quarto evento anual feito para unir empresas e profissionais da internet interessados no que se convencionou chamar de web 2.0 – ou seja, todo o poder ao usuário.

Nos três primeiros anos, todos os que participaram são unânimes em dizer, houve muita, muita novidade.

Nos últimos quatro anos explodiram em audiência e colaborações a wikipedia, os sites de relacionamentos (Orkut, Facebook, MySpace), o mundo descobriu que qualquer indivíduo pode publicar notícia (Ohmynews), pode distribuir sua voz em áudio (podcasts) e pode levantar vídeo na rede (You Tube).

O que parece estar ocorrendo é o surgimento da segunda onda de serviços 2.0 especialmente arquitetados para funcionarem em cima das plataformas criadas pelas estrelas da primeira onda.

Estes produtos satélites são, por exemplo, os serviços baseados nos mapas do Google ou os milhares de aplicativos feitos para a rede social Facebook – como uma empresa chamada Slide que desenvolveu um aplicativo para o Facebook. Ele mostra as fotos dos amigos do usuário e já tem 14 milhões de downloads e 2,7 milhões são usuários ativos. Ou então o iLike, uma ferramenta de música que conseguiu dragar um milhão de usuários do Facebook em apenas uma semana.

Se este ano houve pouca novidade no Web 2.0 Summit, em compensação, buscou-se discutir como rentabilizar as operações. As cobranças sobre rentabilização e modelo de negócio que o garoto milionário do Facebook recebeu (ver um dos primeiros posts do dia 17 de outubro) dão o tom do evento.

Muito bem. A web 2.0 é um sucesso e as pessoas aderiram em massa às possibilidades infinitas de protagonizar qualquer coisa na web. Mas como as empresas vão conseguir rentabilizar tudo isso?

O Google, talvez a empresa que mais entendeu como trabalhar com o internauta em todo o mundo, sabe. Talvez o Yahoo (cuja receita no último trimestre, de US$ 1,2 bilhão excedeu a previsão dos analistas e mostrou um crescimento de 11% em relação ao mesmo trimestre do ano passado) também saiba. E a Microsoft seguramente vai saber (questão de tempo).

O resto é silêncio.

P.S. Cada participante desta conferência, por volta de 900 pessoas, doou uma árvore para reflorestamento no Quênia.

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