Lixo e som alto na Rua Beira Rio em Montenegro




A sugestão do Vereador Gustavo Zanatta (PP), formulada através de Pedido de Providências, de que a Rua Álvaro de Moraes, entre a Rua Apolinário de Moraes e a Rua João Pessoa, se tornasse uma área de lazer exclusiva para o trânsito de pedestres durante o dia nos domingos e feriados, foi entregue diretamente aos Secretários da Prefeitura, participantes de reunião na manhã de quinta (17), sobre do som em alto volume e deposição de lixo em plena rua em frente à sede da Câmara e imediações.

O encontro foi resultado da união de dois Requerimentos tratando do mesmo assunto: o do Vereador Zanatta, solicitando reunião com a Secretaria do Meio Ambiente, o Gabinete do Prefeito, a BM e o Conselho Tutelar para tratar do lixo deixado pelos cidadãos na Beira do Rio nos finais de semana. E o do Vereador Marcos Gehlen (PT) – Tuco, de encontro para tratar do vandalismo defronte à Usina Maurício Cardoso, no Cais do Porto, “um ponto turístico, cartão postal da nossa cidade”, destaca o autor.

Zanatta fez o Pedido de Providências em agosto de 2014 e no dia três de março o reapresentou, solicitando que nos finais de semana e feriados estivesse posicionado um Guarda Municipal na Beira do Rio. Lamenta que numa segunda pela manhã, ele mesmo verificou que havia 51 garrafas de vodka em torno da Câmara, além de várias de cerveja, quebradas. “Semana passada, quebraram vidraças da própria Câmara”. Gustavo entregou ao Secretário do Meio Ambiente cópia de sua Indicação de fazer do local uma rua do lazer aos domingos e feriados.

Descreve que a Beira do Rio é um dos locais mais bonitos que Montenegro possui, e que muitas pessoas usufruem o espaço nos finais de semana, assim como o Parque Centenário e a Estação, além dos que usam o Rio para a prática de esportes como jet sky, stand up e lancha. “Seria bom se houvesse a possibilidade desta área ficar reservada nos finais de semana exclusivamente para as pessoas caminharem, andar de bicicleta, de skate, virem com a sua família”. Na visão do Vereador, a medida poderia ajudar a “minimizar a bagunça que vem acontecendo aqui no entorno”.

Conta que no início do ano conversou com o novo presidente, Carlos Einar de Mello, sobre a possibilidade de que fossem imediatamente tomadas providências. “O Vereador Naná ordenou a colocação lixeiras e que a Assessoria de Comunicação providenciasse a confecção de um banner, para conscientizar as pessoas quanto à preservação do entorno da Beira do Rio e da Câmara, mas não adiantou”, lamenta. Outro Pedido seu, que minimizaria a questão de som alto dos carros, foi de que o Executivo estude a possibilidade de tornar aquele ponto uma rua do lazer.

O Vereador Roberto Braatz lembrou que havia formalizado o pedido de instalação de câmeras de videomonitoramento, englobando tanto a Rua João Pessoa como a Álvaro de Moraes. Conforme o Secretário do Meio Ambiente, Carlos Alberto da Silveira, a Secretaria possui um fiscal para atuar em toda a cidade. “A Secretaria não tem estrutura para agir, acabamos ligando para a Brigada Militar”. Diz que a limpeza é feita todas as semanas. “Comprometo-me hoje mesmo a conversar com o Prefeito”, afirmou. O Secretário de Indústria e Comércio, João Vilso Cruz, disse que conviveu com este problema enquanto funcionário da Câmara, durante três anos, “só que tem piorado”.

Para Alexandre Kerber, da Guarda Municipal, seria inviável colocar um guarda sozinho no local. “Uma das saídas talvez fosse evitar esta circulação de veículos, deixando como uma rua de lazer”. Relata que, com o veículo não entrando na rua, não entra o som, que seria um dos motivos que gera competição, briga e confrontos entre alguns frequentadores, pelo som mais alto. “A rua do lazer seria a solução mais rápida para os domingos, e para trazer as famílias novamente”. Fez uma observação: os problemas não acontecem quando a Brigada e a Guarda passam pelo local. ”Aqui, realmente, a medida seria instalar as câmeras”.

O Comandante do 5º BPM, Marcus Vinícius Sousa Dutra, diz que colocar uma câmera na rótula, voltada para a Beira do Rio, “seria algo imediato e possível”, sendo que haveria uma câmera localizada em outro ponto e que está inativa. Outra medida: intensificar o patrulhamento. Dutra explica que o isolamento teria que ser estabelecido pela Prefeitura, mas alerta que a Brigada não teria como ficar permanentemente no local, para manter de forma efetiva. Outro ponto: resolveria o problema na Beira, “mas estes usuários poderiam migrar para outro local, para ruas adjacentes, aumentando as reclamações dos moradores”. Na sua avaliação, seria uma medida que só testando-a para verificar seus efeitos e se vai ter eficácia.

Ao final, os dois Secretários se comprometeram a levar a solicitação ao Prefeito. Para nós, enquanto presidente do Legislativo, este assunto terá continuidade, juntamente com a Brigada. Não vamos resolver tudo, mas se depender da nossa vontade, e do governo também, com certeza irá minimizar. Se tiver alguma câmera desativada, podemos colocar aqui e ativá-la, sugere a Dutra.