EMPREENDEDORISMO EM MONTENEGRO 24/9/2012

Superintendente do Sebrae defende ensino do empreendedorismo nas escolas


 Com o tema “Perspectivas e desafios do empreendedorismo para a educação do século XXI num país chamado Brasil” o superintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos, encantou, dia 27, uma plateia formada por mais de 300 profissionais da educação e estudantes da área durante o último dia do Congresso Internacional de Educação no Brasil (Cideb). O congresso teve a missão de realizar uma grande troca de conhecimentos entre os educadores, promovendo a capacitação e a qualificação profissional dos envolvidos, além do intercâmbio internacional de culturas.


Edival Passos falou sobre o tema no último dia do Congresso Internacional de Educação no Brasil.


 Edival Passos confessou ao público que não foi convidado para a palestra, mas que pediu para estar ali naquele momento dada a relevância do tema. “O empreendedorismo tem sido tratado como se o seu foco fosse apenas o mundo dos negócios, mas o tema remete ao comportamento humano desde o princípio da humanidade”, explicou.

 Passos lembrou que o estudo do empreendedorismo é realizado há apenas 20 anos no Brasil e que o ensino do tema nas escolas caminha a passos lentos. “Esse é um conhecimento novo, mas, é certo que o empreendedorismo é uma postura comportamental humana que expressa atitude diante do mundo dos negócios, mas também diante da vida social, da escola, da família. É atitude humana que sempre existiu desde a origem do homem”, declarou.

 Ele lamentou que muitas escolas não adotem o tema na grade curricular. “Não tem possibilidade de existirem pessoas sem atitude proativa. Ser empreendedor é ser proativo. Não adianta ter mais educação, é preciso ter educação que incorpore o pensamento complexo. O empreendedorismo é o instinto criativo que leva a gente a inovar”, concluiu.

 Após a palestra, muitos educadores e estudantes comentaram as colocações de Passos e perceberam que o tema é bastante complexo. “Isso é assunto para mais debate. Como se ensina empreendedorismo? Quando deve ser ensinada, em que ano de formação? Que disciplinas devem ser retiradas da grade para que ele entre nas escolas?”, questionou o pedagogo Vicente Dal’Como, 38 anos.

A ideia é excelente. Acredito que o ensino do empreendedorismo desafia o aluno a raciocinar e a buscar aprender conceitos e técnicas que ajudem a resolver problemas. Acho, sim, que devemos educar para o consumo crítico, formar pessoas que saibam pesquisar preços, que discutam sobre o funcionamento de uma empresa e aprendam sobre marketing”, acredita a orientadora educacional Aparecida Antunes, 45 anos.

Congresso acontece pela segunda 

 Foi a segunda vez que Porto Seguro recebeu o Congresso Internacional de Educação no Brasil, que aconteceu no Centro de Convenções do Descobrimento. Como na edição do ano passado, o Sebrae foi um dos apoiadores do evento. O conteúdo científico nesta edição teve como cerne das discussões a temática “Tecnologia e educação: novos desafios para um novo educador”. A chancela científica ficou a cargo do Instituto Federal de Ciências e Tecnologia (IFBA).

 O evento reuniu congressistas de todo o país e o público foi composto, em sua maioria, por profissionais de educação. A programação contou com a participação de dezenas de palestrantes na área de tecnologia educacional, como Içami Tiba, José Pacheco (Portugal), António José da Silva (Portugal), Vasco Moretto, Nildo Ferreira e Max Haetinger. Foram oferecidas mais de 40 atividades acadêmicas durante os dias do evento.

 A grade científica teve diversas atividades, como palestras, workshops, minicursos, mesas-redondas e defesas de trabalhos acadêmicos. Foram discutidos temas como a implantação dos tablets em sala de aula, inclusão digital, o uso da tecnologia para inclusão de deficientes, tecnologia como facilitadora de cursos de educação à distância e outras problemáticas que envolvem o uso da tecnologia como facilitadora da educação. Por Débora Vicentini da Agência de Notícias Sebrae Bahia.