Debate sobre poluição ambiental em Montenegro



Audiência sobre Ambiental BR lota plenário da Câmara de Vereadores de Montenegro




  A audiência pública promovida na noite de quinta-feira (13) pela Câmara de Vereadores, tratando da provável instalação da Ambiental BR no antigo prédio da Antártica, contou com mais de cem pessoas, lotando o plenário. Realizada em atenção à Requerimento do Vereador Ari Müller (PDT), para oportunizar a população conhecer o projeto e se manifestar. 

  O engenheiro ambiental Cláudio Franck apresentou as intenções do empreendimento, com investimento previsto em 14 milhões de reais. Diversas vezes afirmou que a empresa não é poluidora, e sim despoluidora. Porém, os argumentos não convenceram a maioria dos presentes, de acordo com manifestações. Dentre as dúvidas, o fato da Ambiental pretender se instalar próximo ao Rio Caí e a geração ou não de mau cheiro e barulho. Um dos participantes trouxe à tona a tentativa frustrada da Ambiental ir para Capela de Santana. 

  O Promotor de Justiça Especializada Thomás Henrique de Paola Colletto levantou a preocupação com o fato de a área pretendida estar próxima a moradias. Acredita ser impossível não gerar algum tipo de impacto ao aglomerado de residências. Alertou os Vereadores e o Executivo para, mais do que considerar aspectos legais, levar em conta as queixas e anseios da comunidade. 

  Segundo informações, a Ambiental BR pretende adquirir o prédio da desativada fábrica da Antarctica, que pertence à Ambev. Neste momento, existe apenas intenção de compra. A empresa aguarda liberação dos órgãos ambientais para concluir a negociação. Deverá operar uma estação de tratamentos de efluentes no local. De acordo com seus diretores, os serviços não envolvem cargas tóxicas. Será usada tecnologia de ponta, para garantir eficiência sem gerar poluição. 

  No encerramento, o Presidente da Câmara, Vereador Marcos Gehlen (PT) “Tuco” esclareceu que, atualmente, não há nenhum projeto sobre o assunto tramitando no Legislativo.