Prefeitura de Montenegro é pressionada para solucionar com rapidez desabamento na Beira do Rio




Prefeitura é pressionada para solucionar com rapidez

desabamento na Beira do Rio


Vereadores, pessoas que moram nas imediações e representantes da

empresa Tanac cobram agilidade na recuperação da ponte que desmoronou

na Rua Coronel Álvaro de Moraes / T. Weibull (Beira do Rio), próximo à

empresa. Na manhã de segunda (4), a Administração foi pressionada a

solucionar mais rapidamente o problema. A reunião foi proposta pelos

Vereadores Marcelo Cardona (PP), Marcos Gehlen (PT) e Laureno Renner

(PSB).

No início, Cardona mencionou que a população busca saber o que,

de fato, está sendo providenciado pela Prefeitura. Centenas de pessoas

tiveram seu cotidiano afetado e precisam saber realmente o que está sendo

feito para a busca de uma solução, argumentou.

A Secretária de Obras Karina Daudt durante a reunião recebeu

uma enxurrada de reclamações do diretor da empresa, vereadores e

moradores afetados. Conforme o diretor da Tanac, Otávio Decusatti, os

mais de 250 funcionários tiveram que mudar a rota para chegar à empresa,

se expondo a riscos maiores.

Ele descreveu ainda a situação enfrentada pelos 22 alunos da APAE,

funcionários da Tanac, que não mais podem contar com o veículo de

transporte público que parava em frente à empresa. Cada vez que os

vejo caminhando uma distância considerável para poder pegar o ônibus,

fico apavorado, lamentou Decusatti. Foi consenso entre os moradores,

liderança empresarial e Vereadores a necessidade do processo ser

agilizado. Questionaram a Secretária se a recuperação poderia ser feita em

caráter emergencial.

Karina Daudt explicou que, num primeiro momento, o Procurador do

Município negou sua execução desta forma. Porém, não descartou

trabalhar com esta possibilidade para contratar a empresa que vai executar

o serviço. Relatou que, no início, enfrentou dificuldade para encontrar três

empresas que apresentassem orçamentos para a elaboração do projeto. Foi

superada esta etapa. Possuímos os três orçamentos, que apontaram, em

média, custo de 15 mil reais para a realização do projeto, explicou. O

próximo passo, segundo ela, será o encaminhamento pela Prefeitura à

Câmara de projeto de lei solicitando abertura de crédito especial, de 415

mil reais para recuperação do desabamento.

Decusatti apresentou dados concretos quanto à repercussão do

problema para a empresa, com o objetivo de pressionar por sua solução

mais rápida. A Tanac, que é uma das prejudicadas, injeta em Montenegro

milhões de reais em salários de seus colaboradores e em movimento de

matéria prima. Imediatamente, a Secretária interrompeu sua fala,

alegando que a Prefeitura não está sentada, vendo o tempo passar.

Cardona questionou se existe uma centralização para o atendimento de

demandas como a dos ônibus e também o acesso para morador cujo pai é

cadeirante.

Ao final, a Secretária informou que no máximo em 50 dias o

profissional contratado pela Prefeitura para elaborar o projeto deverá

entregá-lo concluído. A partir da conclusão do projeto será possível licitar

a contratação de empresa para execução. Os técnicos estão fazendo a sua

parte. A decisão sobre como será conduzido depois cabe ao Prefeito,

apontou Laureno, defendendo o tratamento emergencial. Para o Presidente

da Câmara, Vereador Ari Müller (PDT) a Prefeitura precisa, com certeza,

tratar a questão como emergencial, pois o incidente ocorreu dia 10 de

março e até agora foi obtido somente o orçamento do projeto. Nem a

contratação de empresa para sua execução foi realizada, critica.

Atendendo sugestão do Vereador Tuco, será buscada marcação de

audiência com o Prefeito Percival de Oliveira (PMDB), para tratar do

assunto.