Conselho Tutelar de Montenegro faz mapeamento parcial sobre mulheres em casas noturnas de Montenegro




Hoje terminei o levantamento sobre as mulheres que trabalham nas casas noturnas de Montenegro. Como coordenadora do Conselho Tutelar, acho importante que saibamos exatamente o que está acontecendo nestes locais, tradicionalmente de risco. A iniciativa foi informada ao Promotor da Infância de da Juventude, Dr Thomaz, que aprovou a ação e o levantamento. Fizemos um primeiro diagnóstico na operação que desencadeamos com o apoio da Brigada Militar há cerca de 10 dias. E de posse das informações colhidas nas planilhas anotadas por mim, pelas colegas Cintia e Lucianita, e mais algumas pelos demais colegas Leila e Rafael, consegui estabelecer um diagnóstico prévio bem interessante.
Fizemos pesquisas em casas noturnas e entrevistamos 28 mulheres. Primeiramente, descobrimos que a grande maioria das mulheres que trabalham nas casas noturnas da cidade não são daqui. Temos mulheres de Canoas, São Leopolodo, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Parobé, Taquara e outros. A maioria delas, 23, têm filhos. Duas têm cinco filhos cada. São 23 mães, destre as 28 que encontramos. A idade destas mulheres varia entre 20 e 51 anos. A maioria destes filhos não está em escola ou creche, e enquanto as mães trabalham, descobrimos que em alguns casos eles chegam a ficar sozinhos em casa a noite toda. Anotamos os dados destas mulheres para acompanharmos estes casos de perto. Outras ficam com parentes, mas não com aquela que deveriam estar, a mãe. Algumas das crianças tem pai identificado, mas a maioria não fica com eles. Outro dado interessante é que 09 destas mulheres não têm qualquer acompanhamento médico atualmente.
Ainda percorremos outras casas em ação semelhante. Acreditamos que ter este diagnóstico nos dá uma ferramenta de prevenção ao combate às situações de risco que essas crianças podem se inserir, a partir da atividade desenvolvida pelas mães delas.

FONTE: josypaz.blogspot.com