ESCOLA MUNICIPAL ESPERANÇAEM MONTENEGRO RS


Engenheiro erra cálculo e Prefeitura terá que fazer aditivo

O problema verificado nas obras da Escola Municipal Esperança parece não ter fim. Depois da constatação técnica de que a estrutura do novo educandário estava comprometida, especialmente por problemas nas vigas, agora um erro de cálculo prejudica novamente a continuidade dos trabalhos.
Por iniciativa do Legislativo, o tema foi discutido segunda-feira (28) na Câmara de Vereadores.  Os Secretários de Educação e Cultura, Renato Kranz e de Obras Públicas, Karina Daudt detalharam todo processo. O Vereador Roberto Braatz (PDT), solicitante da reunião, se disse preocupado com os fatos envolvendo o educandário. Primeiro foi o problema das vigas. Agora me parece que novamente há um erro, argumenta o Vereador.
Inicialmente, a Secretária Karina disse que laudo técnico apontou realmente haver comprometimento das vigas. A partir daí foi aberto processo, visando solucionar o problema e entregar novamente o educandário à população. Como se trata de procedimento de maior complexidade contratamos o engenheiro Eliodoro Antônio Escandiel para efetuar o cálculo da recuperação estrutural. Karina relata que, após receber os estudos, a Prefeitura optou pela recuperação metálica.
Segundo Karina, tudo estava correndo dentro da normalidade. A empresa Hartmann, contratada para a construção da segunda etapa da obra estava seguindo o cronograma. O problema maior argumenta a engenheira, surgiu quando a empresa encomendou à metalúrgica Gerdau parte da compra de ferro. A Gerdau constatou uma diferença entre o projeto, o montante calculado e o material encomendado pela Hartmann. Karina explica que, a partir daí, foi iniciada investigação para verificar onde teria ocorrido possível falha, sendo logo percebido que o engenheiro contratado havia errado nos cálculos.
Comforme Karina, o profissional está refazendo os cálculos com vistas a apontar o valor necessário para um aditivo financeiro. Também está sendo cogitada a necessidade de ser aberto novo processo de contratação emergencial para dar continuidade à obra.
Ela explica ainda que, se houver opção pelo aditivo, não poderá exceder cinquenta por cento do valor contratado: 178 mil reais. “Caso ocorra, será preciso abrir novo processo contendo orçamento de três empresas”. Os Vereadores questionaram onde se originaram os transtornos e equívocos, e que medidas a Prefeitura vêm adotando com relação às duas situações.
Renato Kranz informou que a Prefeitura busca ressarcimento judicial da empreiteira O&A, que iniciou a obra. Estamos fazendo depósito em juízo do pagamento de outra obra realizada pela empresa, garantindo com isto futura indenização ao Município. Por sua vez, a Secretária Karina explicou que foi aberta a empreiteira a possibilidade de fazer a recuperação da obra, alternativa que foi negada por ela.
Quando questionados pelo Presidente da Câmara, Vereador Ari Müller (PDT), quanto ao valor do aditivo para a obra, os Secretários alegaram que será necessário aguardar o novo cálculo técnico. Renato também comentou que talvez a Prefeitura tenha que responsabilizar o engenheiro contratado para efetuar os cálculos.
Até o período, a Prefeitura pagou R$ 47.000,00 à Hartmann Engenharia, a quantia que corresponde ao executado até o momento. A quitação da diferença entre este valor e R$ 178.000,00, o custo total, depende do andamento do processo. Foram pagos R$ 14.000,00 ao engenheiro Eliodoro. O profissional informou à secretária que vai entregar novo cálculo ainda esta semana, no qual estará constando corretamente a quantidade de ferro necessária para a recuperação da parte estrutural.
Kranz e Daudt alegaram que para continuar este processo e concluir as obras da Esperança é necessário que os vereadores aprovem o projeto 40 de 23 de março, que inclui ação na LDO 2011 e autoriza executivo abrir crédito de R$ 316.000,00. Para o vereador Roberto Braatz os argumentos não foram convincentes