Passada a euforia da formatura do Ensino Médio e as festas de final de ano, a gurizada de 17, 18 anos que pretende começar o ano 2011 empregada começa uma verdadeira batalha em busca de trabalho. As gêmeas Pâmela e Poliana Jesus de Souza, 17 anos, de Esteio, estão vivendo esta realidade desde a conclusão do Ensino Médio. Na semana passada, iniciaram a procura por uma vaga, mas esbarraram em um elemento fundamental aos candidatos a emprego: o currículo.
Como o foco das irmãs era o Ensino Médio e faltavam condições financeiras para custear cursos adicionais, o currículo das duas ficou em branco. Mesmo com bom desempenho na escola, elas não têm a experiência e a qualificação tão solicitadas pelas empresas.
* Chega na hora de fazer o currículo, ficamos constrangidas porque não temos nada para colocar. Mas precisamos de um emprego para continuar estudando – avalia Pâmela, que quer cursar psicologia.
Depois de enviar inúmeros currículos por e-mail e não receber respostas, as duas concluíram que precisam de algum curso adicional e matricularam-se em um profissionalizante na área administrativa.
*Estamos disponíveis para qualquer área. Nosso sonho é continuar estudando, mas isso só será possível se estivermos empregadas – conta Poliana, que pretende cursar odontologia.
Simone Kramer Silva, diretora de eventos científicos da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RS), dá uma dica importante:
* Quem tem um currículo vazio pode incluir experiências que teve sem vínculo formal, como ter sido babá do filho da vizinha, professor particular de um parente, balconista da loja de um tio ou vendedor de cosméticos. Essas experiências dizem muito do perfil do candidato, mostram iniciativa, dinamismo.
fonte:diariogaucho.com.br