Governo do Egito cortou o acesso à internet e Celular


Os quatro grandes provedores de internet do Egito (Link Egypt, Telecom Egypt, Etisalat Misr e Vodafone Egypt) tiveram de parar seus serviços. Segundo a CNBC, a Vodafone Egypt emitiu um comunicado explicando que pela legislação egípcia, as autoridades têm o direito de emitir esse tipo de ordem e somos obrigados a cumpri-la.
É preocupante que a internet fique à mercê de governos totalitários.
Por meio do seu blog, a empresa de redes Renesys explica que o corte da internet do Egito envolveu a retirada de mais de 3,5 mil protocolos de roteamento dinâmico (os chamados BGP – Border Gateway Protocol). É como se fossem apagados os caminhos pelos quais o resto do mundo troca dados com os provedores de internet do Egito. Ou seja, o mundo não consegue se comunicar com o Egito, nem o Egito com o mundo. Esses BGP indicam os endereços de internet pelos quais as redes são responsáveis. Nesse caso, não há como driblar via proxy (que funciona como um redirecionamento). Segundo a Renesys, 93% da rede do Egito estaria inacessível.
O corte da internet no Egito é mais grave do que a censura que ocorre, por exemplo, na China. Não se está bloqueando um site específico, mas é como se tivesse tirando a internet inteira da tomada.
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Lembram do dial-up (as lentas conexões discadas à internet)? Tem sido uma alternativa ao bloqueio egípcio uma vez que as linhas de telefonia fixa não foram cortadas. O site LifeHacker até mostra como isso tem sido feito.
Fontes: CNBC, Renesys e LifeHacker